sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Descarte Seletivo. O que separar?

Aqui em Goiânia, em que a municipalidade ainda está começando o serviço de coleta seletiva, se deve separar papel, papelão, plástico, metais e vidros. No entanto, é importante ressaltar que muitos outros materiais também são recicláveis.
Na verdade, atualmente quase tudo que se descarta é reciclável. Por exemplo, restos de alimentos são matéria prima para a fabricação de fertilizantes. No entanto, em decorrência das limitações de cada cidade o conceito de reciclável é bastante elástico. E em Goiânia, que o processo de coleta ainda está no início, devemos atender às orientações da Prefeitura.

Descarte seletivo. O que é isto?

É a separação dos materiais recicláveis (papel, papelão, metal, alumínio, ferro, vidro, etc) que não devem ser misturados ao lixo comum de sua residência ou local de trabalho. Todo o material reciclável deve ser depositado em recipiente reservado para este fim, de onde será recolhido e depositado nos pontos convencionados para a Coleta Seletiva.

O descarte seletivo é a primeira etapa do ciclo de reaproveitamento ou reciclagem do material. Quando alguém mistura material reciclável com material orgânico está inviabilizando o retorno do reciclável ao ciclo do reuso e da reciclagem que pode as vezes ser infinito. Por isso, o descarte seletivo é extremamente importante e quem o pratica pode usufruir de uma consciência mais tranquila em relação ao meio ambiente.

Descarte Seletivo. Cada um de nós temos essa responsabilidade.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desmatamento da Amazônia leva à descoberta e à extinção de espécies

Na Amazônia peruana uma espécie de ave é descoberta ao ano e uma de mamífero a cada quatro, mas paradoxalmente cada nova descoberta faz parte de uma tragédia, pois ocorre devido ao desmatamento realizado por empresas de petróleo, mineradoras e madeireiras. Em muitos casos, a descoberta de uma nova espécie caminha lado a lado com o começo de sua extinção.
"As descobertas de aves, mamíferos e outras espécies na maioria ocorrem devido não a uma pesquisa científica, que custa muito dinheiro, mas pela presença de empresas petroleiras, mineradoras e de corte de árvores", disse à AFP Michael Valqui, da ONG conservacionista WWF-Peru (Fundo Mundial para a Natureza).
"Este tipo de descoberta põe em risco a espécie que se descobre, já que pode entrar em risco de extinção porque este lugar é seu único hábitat, devido ao clima ou bacia", acrescentou.
Entre as novas espécies descobertas nos últimos cinco anos estão a rã 'Ranitomeya amazonica', com coloração de fogo na cabeça e patas azuis, o papagaio-de-testa-branca e o beija-flor-de-colar-púrpura.
O Peru é o quarto país do mundo em extensão florestal, com 700 mil quilômetros quadrados de florestas tropicais amazônicas, que contribuem para reduzir o aquecimento global e abrigam grande biodiversidade.
Em outubro, mais de 1.200 novas espécies foram apresentadas em uma cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade. Delas, cerca de 200 foram descobertas na Amazônia peruana.
A região tem 25.000 espécies de plantas --10% do total mundial-- e é o segundo lugar do mundo com mais diversidade de aves, abrigando 1.800 espécies. Também ocupa o quinto lugar do mundo no que diz respeito à diversidade de mamíferos (515 espécies) e répteis (418 espécies).
Ernesto Ráez, diretor do Centro para a Sustentabilidade Ambiental da Universidade Cayetano Heredia, de Lima, comenta: "O número de espécies que desaparece para sempre no mundo todos os dias é muito superior ao número de espécies que descobrimos todos os dias. Há espécies, em outras palavras, que desapareceram antes que as tenhamos conhecido."
A Amazônia peruana deve fazer frente a um agressivo programa estatal de exploração petroleira e mineradora, que tem confrontado o governo e as comunidades indígenas do local.
"Uma empresa mineradora ou de hidrocarbonetos não é, em si mesma, destrutiva; a chave é se é limpa ou não", explicou Gérard Hérail, do IRD (sigla em francês de do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Lima).
Segundo os cientistas, a lagartixa de Lima, um animal de hábitos noturnos encontrado apenas em "huacas" (santuários arqueológicos) da capital peruana, está prestes a se extinguir, enquanto outras espécies já desapareceram, como o rato endêmico da "lomas" ou encostas (Calomys sp, um ratinho orelhudo).
"Os arqueólogos, ao limpar as 'huacas' para sua restauração, destroem o habitat da lagartixa de apenas dois a três centímetros, com cor avermelhada, que vive nos recantos e locais escuros do local", disse Valqui, do WWF-Peru.
Em 2009, o governo propôs, perante um organismo internacional sobre mudanças climáticas a preservação de 540 mil quilômetros quadrados de florestas e reverter processos de corte e queima para reduzir o desmatamento.
Atualmente, há no Peru 70 áreas naturais protegidas, que ocupam 200 mil quilômetros quadrados, 15% do território nacional.
"Faltam sinais claros para dizer até onde o país vai na defesa de sua biodiversidade", disse à AFP Iván Lanegra, defensor adjunto para o Meio Ambiente da Defensoria do Povo.
Para Nicolás Quinte, biólogo guia do parque nacional do Manu, no Amazonas, deve-se promover "as atividades que não sejam claramente extrativistas, mas também produtivas e que sejam sustentáveis com o passar do tempo. Uma delas pode ser o turismo que usa a floresta sem destruí-la." (Fonte: Folha Online)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Lula assina Decreto em conformidade com os compromissos assumidos em Conferência

Decreto assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva define como o Brasil quantifica as emissões de gases de efeito de estufa e como o País cumprirá o compromisso que assumiu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Copenhague 2009.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil assinou este mês o Decreto nº 7.390, de 9 de dezembro de 2010, que detalha a Política Nacional sobre Mudança Climática. O Decreto define como o Brasil quantifica as emissões de gases de efeito de estufa e como o País cumprirá o compromisso que assumiu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Copenhague em 2009, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020, com base nos níveis de 1990.
O decreto estabelece também uma exigência legal para a estimativa das emissões nacionais em uma base anual. A fim de honrar os compromissos assumidos na Convenção, o Brasil realizou um inventário nacional de suas emissões de gases de efeito de estufa este ano, para quantificar as emissões de 1990 a 2005. As emissões de 2005 foram calculadas em 2,2 GtCO2eq.

O inventário serviu como base para criar um cenário de referência sem mudanças para as emissões até 2020. O decreto define, portanto, uma meta para reduzir as emissões entre 1,17-1,26 GtCO2eq até 2020, quando comparado ao cenário de referência.

O Brasil pretende atingir este objetivo de redução total de emissões por meio de ações em todos os setores da economia. Para isso, 12 planos setoriais serão implementados até o final de 2011, incluindo metas específicas para as emissões em cada um desses setores.

As ações concretas para conseguir reduzir as emissões de gases de efeito estufa detalhadas no decreto para alcançar estes objetivos incluem:

  • Reduzir 80% do desmatamento na Amazônia;
  • Reduzir 40% do desmatamento no bioma Cerrado;
  • Aumentar a oferta de energias renováveis;
  • Recuperar 15 milhões de hectares de terras degradas pela pecuária;
  • Melhorar o sistema de agricultura integrada, reflorestamento e pecuária em 4 milhões de hectares;
  • Ampliar plantio direto em 8 milhões de hectares;
  • Ampliar a fixação biológica de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares;
  • Ampliar o reflorestamento em 3 milhões de hectares;
  • Utilizar novas tecnologias para produzir um adicional de 4,4 milhões de metros cúbicos de adubo animal anualmente; e
  • Aumentar o uso de carvão vegetal na indústria siderúrgica.
Se você deseja ler o Decreto na íntegra, siga o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7390.htm

Proibida a pesca nos rios goianos até 28 de fevereiro próximo

A pesca está proibida até 28 de fevereiro próximo. A proibição de pesca em embarcações nos rios goianos é devida ao período da piracema. Neste período a maioria das espécies nativas sobe os rios em cardumes para acasalamento e reprodução. Por isso, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH, fiscaliza e restringe a pesca. A proibição entrou em vigor no dia 1º de novembro.
O gerente de fiscalização da SEMARH, Greide Ribeiro Júnior, explica que a proibição não é total. Segundo ele, a pesca de barranco é permitida com restrições - só é permitida a pesca de três quilos para consumo no local, respeitando o tamanho determinado para cada espécie.
Greide ressalta que os peixes pirarucu, pirarara e filhote são espécies protegidas e não podem ser pescadas em nenhum período, independente de tamanho e peso. Destaca ainda que a pesca em lagos naturais é proibida até em barrancos e que, mesmo nos casos permitidos, é obrigatória a licença para pesca emitida pela Secretaria. Mais informações:(62) 3265-1345
Fonte: Agência Goiana de Comunicação.

Atuação do governador da Califórnia na questão ambiental

A solução de problemas ambientais depende da adoção articulada de atitudes práticas das pessoas, das instituições públicas e privadas e dos governos. Cada um destes sozinho pode muito pouco no resultado final, mas trabalhando articulados o resultado pode ser extraordinário.
O Governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger tem tido uma atuação no tocante às questões ambientais digna de ser imitada pelas autoridades governamentais que atuam nos níveis regionais e locais (governadores e prefeitos). Nessa última conferência da COP 16 a ausência de governadores e prefeitos brasileiros foi notada pelo Deputado Estadual Thiago Peixoto que participou da referida Conferência, como um fato lamentável.
Em 27 de setembro de 2006, o governador Schwarzenegger assinou uma proposta de lei criando a primeira regulamentação da nação sobre as emissões de gases do efeito estufa. A lei estabelece novas regulações sobre a quantidade de emissões de utilitários, refinarias e fábricas que é autorizada a liberar à atmosfera.

Depois Schwarzenegger assinou o segundo projeto de lei sobre o aquecimento global, que proíbe utilitários e grandes corporações na Califórnia de fazerem contratos de longo prazo com fornecedores que não atendem às regulamentações do estado sobre a emissão de gases causadores do efeito estufa. As duas propostas são parte de um plano para reduzir as emissões da California a 25% dos níveis de 1990 em 2020. Em 2005, Schwarzenegger emitiu uma ordem executiva, querendo reduzir os gases do efeito estufa a 80% dos níveis de 1990 em 2050.

Schwarzenegger assinou uma outra ordem executiva em 17 de outubro de 2006 permitindo a Califórnia trabalhar com a Iniciativa de Gás do Efeito Estufa Regional do Nordeste. Eles planejam reduzir as emissões de dióxido de carbono através da emissão de uma quantidade limitada de crédito de carbono para cada estação de força nos estados participantes. Cada estação de força que exceda às emissões da quantidade de crédito de carbono terá de comprar mais créditos para cobrir a diferença. É previsto que o plano entre em vigor em 2009.
Além de usar seu poder político para lutar contra o aquecimento global, o governador deu passos em sua casa para reduzir a sua emissão de carbono pessoal. Schwarzenegger adaptou um de seus Hummers para movimentar-se a hidrogênio e outro para funcionar a base de biocombustíveis. Ele também instalou painéis solares para aquecer sua casa.

Mais um destaque para a Califórnia na questão ambiental


Na Califórnia, telefones celulares podem indicar a qualidade do ar. Empreendedores do campo de tecnologia desenvolveram um filtro para celulares que fica escuro ao absorver partículas poluidoras do ar. Depois de ser fotografado por qualquer tipo de aparelho, o filtro pode ser enviado a um centro de dados on-line que informa como anda o ar no ambiente de trabalho ou em casa, por exemplo. Fantástico, não é?
Segundo o desenvolvedor Nexleaf Analytics, uma empresa sem fins lucrativos, o aplicativo é útil para mostrar individualmente a exposição de uma pessoa à poluição do ar. No caso, o chamado "carbono negro" ou "carbono grafite". As partículas do carbono negro estão relacionadas a várias doenças respiratórias como problemas respiratórios e câncer de pulmão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, elas são responsáveis por 1,5 milhão de mortes todos os anos. Fonte: Folha Online

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Goiás está ficando para trás em relação a discussão ambiental

Em entrevista publicada no último domingo, dia 19, pelo Jornal Opção, o deputado federal eleito Thiago Peixoto detalhou os bastidores e os acordos da Conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas (COP 16) no México. O parlamentar também criticou a falta de participação e a pouca discussão do tema em Goiás.

Ele afirmou que Goiás está ficando para trás em relação à discussão ambiental. Ele afirma ainda que a questão ambiental é um tema que facilmente mobiliza a sociedade, mas que, em Goiás, há um distanciamento do que existe de mais moderno e contemporâneo no mundo. Por exemplo, nas COPs (conferências da ONU sobre mudanças climáticas), é muito comum ter a presença de governos locais, de Estados e municípios. Mas Goiás não tem participação nenhuma nisso.

Ele abordou ainda a questão da poluição provocada pelo trânsito: "O principal gerador de poluição no centro urbano é o combustível fóssil. Então, uma política de preservação ambiental e de mudança climática precisa considerar, de forma imediata, as questões do trânsito. Hoje, em Goiânia, temos uma desproporção com relação a veículos. Temos aproximadamente 1,3 milhão de habitantes e 1 milhão de carros. Não temos nada de relevante acontecendo para
substituir isso. O grande desafio de Goiânia e de outras cidades é deixarem de ser projetadas para os carros e passarem a ser projetadas para as pessoas." (Jornal Opção).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Paris lançará carros elétricos de aluguel para combater poluição

O transporte de Paris, revolucionado alguns anos atrás pela operação Vélib, que pôs à disposição do público milhares de bicicletas, se prepara para receber, no ano que vem, 3.000 carros "ecológicos" para "melhorar a qualidade de vida" e combater a poluição.

Denominada Autolib, a operação que estreará em outubro de 2011. "[Será] algo inédito no mundo nesta escala", disse o prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoë, que previu uma "revolução" para as grandes cidades.

"É uma mudança radical na concepção humana da cidade", disse o prefeito, ao anunciar que o grupo francês Bolloré havia ganhado o contrato para operar a Autolib, que funcionará em Paris e outras 40 cidades francesas.

A Bolloré deve fornecer carros elétricos que funcionarão com baterias de lítio recarregáveis, com uma autonomia de 250 quilômetros.

A Autolib contará com cerca de mil estações onde retirar e devolver os carros, com o pagamento de uma assinatura e o tempo de uso. A previsão é que haverá cerca de 700 estações somente em Paris.

"Houve algumas experiências, em pequena escala, mas o que uma grande metrópole mundial se lance neste desafio, nesta escala, é algo inédito em escala mundial", destacou.

"Espero que será uma revolução eficaz que melhorará nossa qualidade de vida e, talvez, as relações entre os cidadãos", reafirmou Delanoë. (Folha Online)

domingo, 19 de dezembro de 2010

O que você está disposto(a) a fazer pela melhoria do meio ambiente?

Existe um provérbio popular que diz que de "boas intenções o inferno está cheio" e este provérbio é bastante adequado para caracterizar a lacuna que existe entre as intenções e as atitudes das pessoas com relação ao meio ambiente.


De fato, quando o assunto é meio ambiente geralmente todos estão de acordo que se deve cuidar dele e que as pessoas precisam mudar de hábitos para evitar o cumprimento das profecias de catástrofes ambientais que os cientistas costumam anunciar.

No entanto, entre o discurso e a prática existem anos luz de distância e no dia a dia se constata visualmente, que as pessoas em nossa sociedade não estão se esforçando de verdade para adquirir novos hábitos dentro do tempo que o senso de urgência anunciados por cientistas ambientais exige.

Muitas pessoas dizem que deveriam ser criadas leis mais rigorosas para proteger o meio ambiente. De fato, as leis ainda são lenientes mas isso revela que as pessoas não estão levando a sério o fato de que a sobrevivência de nossa espécie depende do que fazemos com o planeta e desse modo, o cuidado com o meio ambiente está incluso no cuidado de si mesmo.

Desse modo, reduzir o tempo de chuveiro, andar mais a pé, racionalizar o uso de energia elétrica, usar menos o automóvel, não jogar óleo usado na pia, entregar pilhas e baterias em postos de coleta e fazer o descarte seletivo de tudo que possa ser reciclado deveriam ser práticas adotadas necessariamente pela força imperiosa da consciência e não adiadas porque não existam leis ou instituições suficientemente fortes e capazes de obrigá-las.

Como entender o comportamento que resiste a colocar cada material no lugar adequado num condomínio em que há conteineres específicos para material orgânico e contêineres específicos para material reciclável e que todos os dias a Prefeitura faz a coleta seletiva? Como entender que apesar das orientações para o descarte de modo adequado, as pessoas coloquem recicláveis junto com material orgânico?

Diante dessa constatação surge uma questão: como uma pessoa assume a iniciativa de se melhorar a si mesma mudando de hábitos? e isso acontece, apenas desconhecemos como acontece. Quais processos internos são necessários para que uma pessoa possa de repente mudar seu próprio comportamento? Se encontrássemos a resposta para isso, talvez pudéssemos induzir a tomada de atitude de modo mais eficiente e enquanto se busca compreender melhor esse fenômeno é necessário manter a firme convicção de que o que cada um faz conta e muito para o resultado final.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O descarte seletivo gera trabalho e renda



Caro(a) Condômino(a),

Tudo que você deposita no contêiner de material orgânico é recolhido pelo caminhão da Prefeitura à noite e jogado em um aterro sanitário.

Mas tudo que você deposita no contêiner de recicláveis é recolhido de manhã pelo caminhão da Coleta Seletiva e entregue em uma das cooperativas de ex-catadores.

Quando você faz o descarte seletivo reduz danos ao meio ambiente e ainda gera trabalho e renda para muitas famílias.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Redução de gastos com papel no Judiciário

Você já pensou quanto as instituições públicas gastam de papel?
Não?! Pois pense... praticamente tudo na Administração Pública funciona através de processos... e todos eles são feitos de quê?
-Papel. É a resposta correta.
E como você sabe, o papel é produzido com árvores. Agora imagine só quanto dano ambiental a utilização do papel produz. Primeiro corta árvore, depois processa árvore e transforma em papel, utilizando produtos químicos que depois não são tratados adequadamente e escoam para os rios... usa-se o papel, depois o descarte... mal feito, e então ele vai parar em algum lixão...
Ah se as instituições fossem mais conscientes!!!
Tivessem mais responsabilidade... pois o papel pode ser reusado e reciclado, evitando o corte de novas árvores e reduzindo os danos ambientais.
Agora que a situação do planeta está semelhante à do Titanic depois do acidente, algumas instituições estão começando a repensar suas práticas. O Judiciário está digitalizando seus processos e com isso reduzirá bastante o gasto de papel. Veja o destaque:

"Brasília – Em 2010, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu-se em 38 sessões ordinárias e em 71 extraordinárias. Durante o ano, foram tomadas 10,7 mil decisões colegiadas e 98 mil monocráticas. O balanço foi apresentado hoje (17) pelo presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, na sessão de encerramento do ano do Judiciário.Na opinião de Peluso, o instituto da repercussão geral foi um dos destaques do ano. Adotado pela Suprema Corte desde 2007, desde então, foram analisados 338 temas e julgados 76. Peluso ressaltou também a digitalização de processos como uma das principais medidas do ano. Com isso, a economia de papel foi significativa. “Só no Supremo, em 2009, os agravos processados somaram 20 milhões de folhas de papel”, disse o ministro. Neste ano, o número foi menor.A visualização de processos pela internet também contribuiu para reduzir a emissão de papeis no STF. “No Tribunal de Justiça do Rio, tribunal que começou com a prática, em três anos, a economia foi de R$ 7 milhões com a dispensa de papel para envio de mensagens e correspondências pelos Correios", afirmou.Entre os julgamentos que marcaram o ano judiciário, Peluso apontou o que analisou a Lei da Ficha Limpa, o caso do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e a não obrigatoriedade da apresentação de documento oficial de identidade com foto no momento do voto." (Agência Brasil)
Tristemente essa prática ainda é uma boa notícia, enquanto o planeta está se afogando em meio ao oceano de problemas ambientais que tem produzido e por estar destruindo sua própria camada de proteção ...
Na verdade, o bom senso diz que em plena era da tecnologia da informação, todas as instituições públicas já deveriam estar trabalhando com processos digitalizados a um bom tempo.

Pesquisa do IPEA revela que muito material reciclável continua sendo jogado fora

O resultado de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou a quantificação do material que é reciclável, mas está sendo transformado em lixo, com todas as implicações que isso representa para o meio ambiente e a saúde pública.
Com o objetivo de tentar avaliar os benefícios atuais e potenciais dos materiais recicláveis, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) partiu para a quantificação do total de material potencialmente reciclável disponível no País. A partir desse dado foi possível montar a equação com os benefícios do reaproveitamento do lixo, analisando a diferença entre os custos gerados pela produção com matéria-prima virgem e os custos gerados para a produção dos mesmos bens a partir de material reciclável.
Segundo o relatório da pesquisa, trinta e sete por cento (37%) de todo o material que é levado ao consumo e possui características recicláveis acabam reaparecendo misturados aos resíduos sólidos urbanos (RSU) em aterros sanitários e lixões.
Esse número difere de material para material. No caso do alumínio, por exemplo, apenas 18% do consumo aparente - aquilo que é disponibilizado para consumo - são encaminhados para aterros e lixões.
Isso está em linha com o fato de que mais de 60% da produção são direcionados a setores como construção, transportes e outros, cujos ciclos de vida são mais longos do que um ano, período utilizado na pesquisa.As latinhas de alumínio também não chegam em grande quantidade aos aterros pelo fato de que, na maioria das vezes, são coletadas antes. Com o aço ocorre fato similar, já que, em termos de destinação, ele também segue para setores de ciclo longo - apenas 5% do consumo vai parar nos aterros e lixões.
Assim, plásticos e papelão responderiam pelas maiores porcentagens presentes na coleta e destinação final, com 89% e 86%, respectivamente.Entretanto, a pesquisa chama a atenção para o fato de que isso não quer dizer que os 63% restantes tenham a reciclagem como destino. Ou seja, dos 63%, parte seria sim enviada diretamente para reciclagem (por catadores independentes, coleta seletiva etc.), mas outra parte, provavelmente a maior, ainda não teria sido descartada pelos consumidores.
Em outras palavras, se todo o resíduo reciclável que atualmente é disposto nos aterros e lixões fosse encaminhado para a reciclagem, poderia gerar benefícios da ordem de R$ 8 bilhões, considerando a diferença entre os custos econômicos e ambientais da produção primária e os custos a partir do uso de matéria-prima secundária (Fonte: Agência Câmara).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Iluminação das cidades piora poluição do ar

Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que as luzes fortes de cidades podem piorar a poluição do ar. O estudo da Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) indica que a claridade que é jogada para o céu interfere com reações químicas.

Essas reações normalmente ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas durante a noite. O estudo da NOAA foi realizado com a ajuda de uma aeronave que sobrevoou Los Angeles e foi apresentado na reunião da União Americana de Geofísica, em São Francisco.

Escapamentos de carros, chaminés de fábricas e outros tipos de emissões formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta limpar.

Para esta limpeza é usado um óxido de nitrogênio que quebra elementos químicos que, de outra maneira, formariam poluição e ozônio e que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.

A limpeza geralmente ocorre durante as horas de escuridão, pois o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do sol, por isso este óxido de nitrogênio aparece apenas durante a noite.

As novas medições do NOAA indicam que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos estão suprimindo o óxido de nitrogênio. As luzes podem ser 10 mil vezes mais fracas do que o sol, mas o efeito ainda é significativo.

"Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte", afirmou Harald Stark, do NOAA, à BBC.

"Precisamos trabalhar mais para quantificar o próximo passo, que será o quanto de ozônio nós podemos ter no dia seguinte. Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante", acrescentou o cientista.

A maioria das lâmpadas usadas em Los Angeles é de lâmpadas de vapor de sódio ou então halógenas. De acordo com Stark, mudar a iluminação pública para outros tipos de lâmpadas limitariam esse efeito. O óxido de nitrogênio é menos afetado por luz vermelha, mas o cientista duvida que as autoridades municipais queiram iluminar as cidades com luzes vermelhas.

Uma forma de lidar com o problema seria seguir as orientações ativistas que fazem campanha por "céus escuros", que afirmam que é melhor manter as luzes apontadas para o chão para evitar que o brilho apague a luz das estrelas. "Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor", disse Stark.
Fonte: O Globo

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Precariedade institucional favorece esquemas

Quais seriam os motivos para o alto índice de corrupção dentro do órgão fiscalizador ambiental. Um dos pontos básicos para explicar isso, segundo fontes ouvidas pelo POPULAR, é a estrutura precária do órgão. "O quadro de funcionários é pequeno e mal qualificado, além de mal remunerado. E, com isso, forma-se um quadro fértil para a corrupção", diz uma fonte.

A sequência é mais ou menos a seguinte: um empresário ou fazendeiro precisa de uma licença para uma determinada atividade. Tem pressa na emissão do licenciamento. Com isso procura o órgão licenciador. Como a estrutura de funcionamento é precária, então o interessado corre o risco de demorar tempo demais para ter seu processo aprovado. "A pessoa prefere pagar a propina para agilizar o negócio do que ficar esperando por tempo indeterminado", explica outra fonte.

"É claro que esse esquema de corrupção em órgão de fiscalização ambiental não é novo, mas também é verdade que de uns dois anos para cá a coisa degringolou de vez. A rede se estruturou e essa operação do Ministério Público e da polícia veio mostrar a existência dos problemas. Mas é preciso ir muito além para combater esse mal", argumenta uma fonte ligada à área ambiental.

Para o ex-secretário do Meio Ambiente e ambientalista Paulo Souza Neto, um dos caminhos para combater os problemas revelados pela Operação Propina Verde é a descentralização do licenciamento ambiental. "Os municípios precisam passar a licenciar mais. Só que precisam fazer isso com qualidade", explica.

Ele não acredita que a municipalização nas licenças ambientais irá apenas transferir o esquema de corrupção para os municípios. "Diziam isso também do Sistema Único de Saúde (SUS). Só que ele está funcionando muito bem e acredito que isso também pode servir para o licenciamento ambiental", justifica.

Um dos segmentos que também defende a descentralização do licenciamento é o agropecuário. Produtores reclamam das longas distâncias que têm de percorrer de seus municípios até a capital para tratar da retirada de licenças. "Se um número maior de municípios tivesse essa estrutura a gente não precisaria se deslocar até 400 quilômetros atrás da licença. E muita gente também não precisaria recorrer ao famoso jeitinho brasileiro e pagar um extra para fazer o seu processo andar", diz um produtor. Fonte: Jornal O Popular

Quem vem primeiro, o ovo ou a galinha?
Pois é, a desculpa da precariedade institucional da SEMARH ou da extinta Agência de Meio Ambiente não tem liga. Fosse assim, muitas outras instituições estaduais que sofrem de precariedade também estariam cometendo fraudes...

A precariedade institucional favorece os esquemas ou existe um grupo que precisa mantê-la precária para poder cometer fraudes?

Fica a pergunta para que como cidadãos raciocinemos e formemos nossas opiniões.

Corrupção - um problema histórico no órgão ambiental em Goiás

O esquema de corrupção nas áreas de fiscalização e emissão de licenças ambientais de Goiás é bem mais antigo do que as irregularidades descobertas pela Operação Propina Verde, desencadeada ontem, a partir de Goiânia, em várias cidades goianas pelo Ministério Público de Goiás (MP) e pelas polícias Civil e Militar (PM).

A informação sobre a existência do problema histórico na área ambiental vem de ex-dirigentes e funcionários da própria Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (SEMARH), que foi o foco da ação de ontem, e da extinta Agência Ambiental de Goiás, que até 2008 foi responsável pela fiscalização e licenciamento ambiental e que, no segundo governo Alcides Rodrigues, foi anexada à estrutura da SEMARH
.
Presidente da Agência Ambiental entre 1999 e 2002 e secretário do Meio Ambiente entre 2003 e 2004, Paulo Souza Neto confirmou que enfrentou situações complicadas relacionadas com denúncias sobre corrupção de servidores na sua época de gestão. Das investigações internas feitas, uma resultou no afastamento de oito agentes de fiscalização. "Investigamos todas as denúncias. Mas todo órgão de fiscalização padece desse tipo de situação", disse.

Presidente da Agência Ambiental durante quase um ano, em 2006, o médico Zacarias Calil Hamu também confirma que recebia várias denúncias sobre irregularidades, principalmente cobrança de propinas. Um dos casos levou à exoneração de dois fiscais. "Eles tentaram extorquir um empresário para não aplicar uma multa de R$ 100 mil. Eles foram demitidos. Contei, inclusive, com o apoio do Ministério Público no caso", contou Zacarias Calil.

Um terceiro ex-dirigente de órgão ambiental, que preferiu não se identificar, também confirmou que o esquema de propina nas áreas ambientais é antigo. "É uma rede que está estruturada ali dentro que é difícil combater. Na minha época recebia muitas denúncias de pessoas de dentro do órgão e de fora. Mas, como ninguém assumia oficialmente, não tínhamos como seguir adiante em alguma investigação. O que aconteceu hoje (ontem) precisava ter acontecido muito antes", salientou.
Fonte: O Popular.

Fraude em laudos de vistoria e fiscalização

Enquanto um dos esquemas de corrupção ocorria no âmbito da Gerência de Biodiversidade da SEMARH, onde eram "esquentados" os processos fraudulentos de averbação de reservas legais, o outro era afeto à área de fiscalização do órgão, informou o delegado Celso Euzébio, titular da DERCAP. Servidores da SEMARH fraudavam laudos de vistorias e fiscalização de propriedades e empreendimentos em situação irregular em troca de propina.


Empreendedores ou proprietários rurais interessados em aprovar processos de licenciamento ambiental pagavam quantias em dinheiro aos fiscais para não ser multados e ter a situação regularizada na SEMARH. Em outra situação, servidores da Secretaria cobravam pela emissão de laudos e realização de vistorias favoráveis aos usuários do órgão ambiental. "Recebemos uma avalanche de denúncias. A maioria delas se refere a processos em tramitação na SEMARH a partir de 2008", disse o policial civil. O maior impacto da operação foi na capital, no prédio da antiga Agência Ambiental, hoje integrada à SEMARH, no Setor Universitário. Desde às 6 horas, o local foi interditado para acesso de funcionários e público em geral.

Só conseguiram entrar no prédio os servidores lotados nos departamentos de Fiscalização, Geoprocessamento, Biodiversidade e Protocolo, alvo da operação. Foram desses Departamentos que saiu o maior número de detidos, acusados de corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Fonte: Jornal O Popular

Sobre a fraude na Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Segundo o promotor de Justiça responsável pela apuração, Adriano Godoy Firmino, integrante do GRC, a fraude ocorria graças à participação de três grupos diferentes de pessoas: profissionais liberais, como engenheiros, agrimensores e corretores de imóveis; pessoas que atuavam como "despachantes" e que tinham livre acesso à SEMARH e servidores do órgão ambiental.


No esquema mais "sofisticado", proprietários rurais interessados em regularizar a averbação de reservas legais extrapropriedade contratavam os serviços de profissionais que atuavam como responsáveis técnicos nos processos (RTs) protocolados junto à SEMARH. Essas pessoas indicavam áreas ambientais que eram "loteadas" mais de uma vez e averbadas irregularmente em cartório.

Para agilizar o aprovação dos processos, entravam em ação os "despachantes", responsáveis por assediar os servidores e oferecer a propina. Enquanto alguns processos estão em tramitação no órgão ambiental há dez anos, outros foram aprovados em tempo recorde. "Um deles foi aprovado em sete minutos, mostrou o sistema interno da SEMARH", disse o promotor de Justiça Adriano Godoy. As áreas constantes em diferentes processos de regularização de reserva legal superam em até quatro vezes a extensão do município. "É como se houvesse andares de reservas legais", compara. "Vê-se que se tratava de uma atividade extremamente lucrativa."
Fonte: Jornal O Popular

Desmatamento autorizado por propina

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (MP) estadual e a Polícia Civil desencadearam nas primeiras horas da manhã de ontem a maior operação já realizada em Goiás para combater fraudes e corrupção em processos de licenciamento ambiental e averbação de reservas legais. Batizada de Propina Verde, a ação desmontou um esquema que praticamente legalizava desmatamentos ilegais dentro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH).

Segundo o Jornal, até ontem à noite, 24 pessoas haviam sido presas - MP e polícia não divulgaram os nomes. Dos presos, dez eram servidores do órgão. Balanço preliminar da investigação aponta movimentação de cerca de R$ 1 bilhão em propinas para legalização de processos junto à SEMARH, cujos valores cobrados pelos servidores oscilavam entre R$ 5 mil e R$ 100 mil. O prejuízo incalculável até agora, porém, é o dano ambiental causado pelo esquema fraudulento.

As prisões ocorreram após um ano e meio de investigações pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRC) e o Centro de Segurança Institucional e de Inteligência (CSI) do MP e pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) da Polícia Civil e foram decretadas pelo juiz Rogério Carvalho Pinheiro, da 8ª Vara Criminal de Goiânia. As investigações estão apoiadas em interceptações telefônicas e foram desencadeadas após denúncias feitas aos promotores e à Polícia Civil principalmente por ex-funcionários do órgão e por proprietários rurais e empreendedores vítimas de extorsão por servidores da SEMARH. Os dez funcionários presos, a maioria deles servidores comissionados, foram afastados dos cargos.
Fonte: Jornal O Popular

Consequências ambientais das fraudes contra o meio ambiente em Goiás



As nascentes, os corredores naturais para migração e reprodução de animais, áreas que deveriam ser de preservação permanente - como matas ciliares e cobertura vegetal de encostas - que em cartórios figuram entre as reservas legais de propriedades rurais em todo o Estado podem estar, na verdade, desmatadas, com graves consequências ambientais para o Cerrado e reflexos até no clima. A avaliação é de pesquisadores ouvidos pelo POPULAR sobre as falsificações para a averbação de reservas legais em todo o Estado, esquema desbaratado ontem em uma operação coordenada pelo Ministério Público estadual.

"São fatos muito graves, que vêm intensificar problemas climáticos, hidrogeológicos, de fauna e flora e até de contaminação de aquíferos", diz o doutor em Ciências Ambientais Manuel Eduardo Ferreira, professor do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). "Se tudo transcorresse perfeitamente, como a legislação requer, teríamos a certeza de que pelo menos os 20% mínimos da reserva legal de Cerrado estariam preservados, mas agora não se sabe. Essa fraude, se confirmada, sugere uma preservação que não existe", afirma.

O geólogo Alan Kardec Alves de Oliveira, pesquisador do Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, diz que os prejuízos para o Cerrado são incalculáveis. Ele lembra que o Cerrado é o bioma mais antigo da América do Sul. "A evolução biológica do Cerrado chegou ao clímax. Por si só, ele já não se recupera", diz Kardec, explicando que o bioma resiste, por exemplo, a queimadas e enchentes, mas não à retirada de vegetação.

Os dois pesquisadores defendem a investigação do MP e das Polícias Militar e Civil.
"Além dos problemas ambientais, politicamente é muito ruim, se for comprovado, porque há um enfraquecimento das instituições. São pessoas de dentro dos órgãos não seguindo o que é preconizado", diz Ferreira.

Kardec defende que todos os envolvidos sejam punidos com rigor. "Não existe o corrupto sem o corruptor. A pena deve ser igual para todos os envolvidos e também é preciso ser cobrado o ressarcimento econômico e financeiro ao Estado", diz o pesquisador.

Ferreira já considera pequeno o porcentual mínimo exigido por lei (20%) para reserva legal, citando que no Cerrado do Mato Grosso ele é de 30% e na Amazônia Legal, de 80%. "As consequências ambientais dessa fraude serão enormes", destaca. Uma das consequências do desmatamento sem critérios, explica, é o fim de corredores ecológicos de vegetação natural, que interligam fragmentos do Cerrado e são fundamentais para a reprodução de animais que precisam de áreas maiores, como os mamíferos e os grandes carnívoros. Embora essa interligação não seja obrigatória, esclarece o pesquisador, é desejável.


Quando o produtor rural usa uma área que não deveria, há um efeito cascata e um acúmulo de problemas. "Nascentes podem secar; quanto mais o solo ficar exposto, mais erosões e escoamento laminar na área, carregando nutrientes do solo e defensivos agrícolas para o leitos dos rios", enumera. São consequências que os pesquisadores do IESA já identificaram em outras áreas desmatadas, em estudos no Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da UFG.

As regiões mais preocupantes do ponto de vista ambiental, onde o desmatamento foi muito intenso, são Sudoeste e Sudeste. "Há uma preocupação grande com as regiões Nordeste e Noroeste, especialmente nas áreas próximas às unidades de conservação", comenta Ferreira, citando como exemplos os parques nacionais das Emas e da Chapada dos Veadeiros. No Norte do Estado, as bacias do Araguaia e do Tocantins também estão comprometidas e são vistas com preocupação.

Um estudo coordenado por Ferreira mostrou que 50% da cobertura nativa da bacia do Rio Araguaia foram destruídos desde a década de 60, a maior parte para dar lugar a pastagens, inicialmente naturais e depois, em escala cada vez maior, às cultivadas, bem mais nocivas.
Fonte: Jornal O Popular

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nossa vida dependerá do que fazemos hoje

A vida humana no planeta
depende da qualidade do meio ambiente,
que depende da redução da poluição,
que depende do controle de resíduos sólidos e líquidos,
e também da redução de gases poluentes,
e tudo isso depende do reuso e da reciclagem,
que depende da indústria de reciclagem e transformação,
que depende do serviço de separação,
que depende de cooperativas de ex-catadores e empresas de serviços,
que depende do serviço de Coleta Seletiva,
que depende da atuação do governo municipal,
que depende do descarte seletivo,
que depende de mim e de você.

Adote o hábito de separar tudo que pode ser reciclado e deposite no contêiner correto.
Adote o hábito de participar. Você pode dar sugestões, fazer reclamações e se engajar.
O email deste Projeto é consciencia.ecologica21@gmail.com

Te esperamos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mudanças climáticas custarão caro à América Latina

As mudanças climáticas custarão à América Latina 1% de seu PIB. As mudanças climáticas terão um forte impacto na América Latina nos próximos anos, com altas temperaturas, aumento das chuvas extremas, furacões e secas, e um custo econômico de mais de 1% do PIB anual da região, revela um relatório divulgado nesta quarta-feira pela CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).

A mudança climática vai custar aos países temperados da América Latina 1% de seu PIB no próximo século, e ainda mais nos países andinos, América Central e Caribe, mais suscetíveis ao aquecimento global, revela o documento da CEPAL divulgado na conferência sobre o clima em Cancún.

A CEPAL estima um crescimento elevado e sustentado das temperaturas na região, que pode alcançar seis graus até o final do século, no pior cenário possível. Ou seja, entre um e quatro graus, com um cenário de emissões mais baixas, e entre dois e seis, de mais elevadas.

A América Latina é "extremamente vulnerável" à mudança climática, que se traduzirá em um aumento das temperaturas, na modificação dos padrões de chuva, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, secas, inundações e furacões, diz o estudo. "Os investimentos na adaptação para este fenômeno devem ser uma prioridade", alerta a organização.
Fonte: FRANCE PRESSE

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Brasil recicla apenas 13% de todo o lixo que produz

Governo e empresas discutem sobre a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada neste ano pelo Congresso.

Os Lixões deverão ser substituídos por aterros sanitários, que não poderão ser frequentados por catadores. Estimativas de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos no Brasil indicam que o País jogou no lixo em 2009 o equivalente a R$ 8 bilhões em materiais recicláveis. O montante decorre do fato de que apenas 13% de todo o lixo produzido no País - aproximadamente 56 milhões de toneladas por ano - é separado por coleta seletiva e consegue retornar para o sistema produtivo na forma de matéria-prima reutilizável. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), que avaliou os principais benefícios econômicos e ambientais da reciclagem.

Mesmo com poucos estudos que quantifiquem, por tipo de material, o volume de resíduos reaproveitáveis disposto sem separação ou tratamento em vazadouros a céu aberto - os "lixões" -, o levantamento do Ipea não deixa dúvidas: por meio de coleta e disposição adequadas, boa parte desse material poderia se transformar em insumo, renda e ganhos ambientais.

Incentivo a cooperativas de catadores 37% de recicláveis são jogados fora Compromisso ecológico "Os resíduos sólidos não são mais vistos como lixo. Hoje, esses resíduos são um negócio com enorme potencial econômico e de inserção social", afirma o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves. "O segmento já sinaliza para a criação de uma nova cadeia de produção, principalmente com a presença de pequenas empresas e de microindústrias de reciclagem."

Mas essa constatação não é nova. A percepção de que uma mudança de atitude em relação ao lixo poderia render benefícios já existe no País há pelo menos 19 anos, quando começou a tramitar no Congresso o projeto de uma nova Política Nacional de Resíduos Sólidos. Resultado de uma compilação de mais de 140 projetos, a proposta foi finalmente aprovada em março pela Câmara e em julho pelo Senado, vindo a ser sancionada em agosto deste ano na forma da Lei 12.305/10.

Regulamentação"A grande conquista foi convencer a indústria e a maioria dos empresários a assumir o compromisso de não somente produzir, mas passar também a se preocupar com o pós-consumo", diz o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que presidiu o grupo de trabalho que analisou a proposta.
O recém-aprovado ordenamento jurídico brasileiro impõe obrigações a governos, empresários e cidadãos e abre caminho para a prática da retroalimentação do setor produtivo brasileiro.

Membro do grupo de trabalho responsável pelas propostas de regulamentação da nova política, Sérgio Gonçalves destaca que o sucesso depende de ações paralelas. "A nova política não prevê multa, mas já obriga o empresariado a recolher aquilo que ele coloca no mercado, sob pena de ser enquadrado em crime ambiental por descartar material de forma indevida", diz.

Por outro lado, segundo ele, além de ações empresariais, o efetivo cumprimento da política decorre também de acordos com o Poder Público e com cooperativas de catadores. "Alguns setores, como o de pneus e de óleos lubrificantes, já são orientados por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e possuem sistemas de logística visando o recolhimento do material após o uso", diz. "O que se busca com a regulamentação é exatamente definir, por meio de acordos empresariais, como isso vai funcionar, por exemplo, no segmento de embalagens." A expectativa, segundo ele, é que o processo esteja esquematizado e vigorando até o fim do ano.

A nova lei, além de reafirmar a importância do conceito de coleta seletiva, inova ao estabelecer uma visão sistêmica de todo o processo, passando a tratar também de conceitos igualmente importantes como ecoeficiência, responsabilidade compartilhada e logística reversa.
Fonte: Agência Câmara de Notícias.

Sustentabilidade urbana

A sustentabilidade das cidades é o tema da 11ª Conferência das Cidades, que será realizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara hoje e amanhã.

O objetivo do tema escolhido - "O futuro das cidades no novo contexto socioambiental" - é identificar os problemas e propor soluções para que cidade e o meio ambiente coexistam de forma harmônica.

Na conferência, que começa à tarde, serão discutidas as conquistas e os novos desafios do Estatuto da Cidade; o planejamento e a execução da política urbana para as próximas décadas; e o aproveitamento adequado dos recursos naturais nas cidades brasileiras.

Nos dois dias de seminário, serão realizados três painéis com dez palestras ministradas por pesquisadores e prefeitos. O primeiro painel apresentará um diagnóstico das cidades no mundo. Já o segundo tratará dos condicionantes para o desenvolvimento urbano e o enfrentamento das desigualdades no País. No terceiro painel, serão apresentadas as novas tendências para o planejamento urbano.

O deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), autor do requerimento para a realização da conferência juntamente com os deputados Cassio Taniguchi (DEM-PR) e Angela Amin (PP-SC), lembra que o principal objetivo do evento, realizado todos os anos desde 1999, é discutir medidas para a consolidação de políticas públicas para os municípios. "Trata-se de um momento de amplo debate com a sociedade. A conferência consegue fazer com que projetos que dificilmente avançariam sejam aprovados", afirma Zezéu Ribeiro.

O parlamentar destaca que as dez edições anteriores tiveram resultados práticos positivos. Ele lembra que a primeira Conferência das Cidades, por exemplo, teve o mérito de reafirmar a importância jurídica do Estatuto das Cidades, cuja tramitação se estendeu por mais de uma década. Zezéu Ribeiro ainda lembrou que o Fundo da Habitação de Interesse Social foi outro tema discutido e amadurecido nas conferências antes de virar lei.

"A própria ideia do desenho do Ministério das Cidades como existe hoje também foi resultado de discussões que surgiram na 4ª Conferência", afirma. Zezéu ainda cita, entre os grandes temas e propostas oriundos ou fortalecidos nas conferências, a gestão dos resíduos sólidos. A edição deste ano, segundo ele, se reveste de uma importância adicional que é refletir sobre temas que serão encaminhados aos novos governantes do País.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Você faz parte!

Este blog é um espaço de interação entre as pessoas que se preocupam com o meio ambiente e sabem que cada ação individual conta para a melhoria do meio ambiente. Portanto, se você acessou o blog e gostou do que viu ou sentiu falta de algo que poderia enriquecer a discussão e nossa prática não hesite. Poste aqui sua contribuição.
E se você tem sugestões sobre o descarte correto de vidro, lâmpadas, medicamentos, baterias, pilhas, materiais eletrônicos, gorduras utilizadas na cozinha ou qualquer outro material, envie para nosso email: consciencia.ecologica21@gmail
Sua participação é muito bem vinda.

O futuro das cidades no contexto socioambiental

A décima primeira edição da Conferência das Cidades vai debater, este ano, o futuro das cidades no novo contexto socioambiental. O encontro, que começa nesta terça-feira (7), é promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, durante dois dias.
No painel Espaço Urbano - Realidade e Desafios será feito um diagnóstico da situação das cidades em âmbito mundial, com base em estudo recente da Organização das Nações Unidas (ONU), em paralelo à realidade brasileira. O professor Oyebanji Oyeyinka, diretor da Divisão de Monitoramento e Pesquisa da ONU vai ministrar a palestra "O Estado das Cidades no Mundo".
Em seguida, será a vez da professora Maria do Carmo, da Universidade de Brasília, que vai abordar as causas e consequências da expansão urbana no Brasil. A professora Nadia Somekh, da Universidade Mackenzie vai tratar do impacto do Estatuto da Cidade e do plano diretor como elementos de modificação da realidade social.
Na quarta-feira (dia 8), a conferência vai ter a participação da senadora Marina Silva. A abertura da 11ª Conferência das Cidades vai contar com as presenças dos presidentes da Câmara, deputado Michel Temer, e do Senado, José Sarney, e dos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e das Cidades, Marcio Fortes; da presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, além de outras autoridades.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Petrobras é condenada a pagar indenização por danos ambientais

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira que a Petrobras foi condenada pelo vazamento de resíduos poluidores da REDUC (Refinaria de Duque de Caxias).
Segundo o MP, a 2ª Vara Cível de Caxias fixou em R$ 6 milhões a indenização, valor que será recolhido para o fundo estadual do meio ambiente.
De acordo com a Promotoria, a decisão beneficia cerca de 10 mil moradores atingidos em um raio médio de 15 quilômetros do local do vazamento, que deverão receber indenizações a partir de 50 salários mínimos.

"O dano ambiental foi causado por um problema técnico no interior da REDUC, registrado no dia 13 de junho de 2001 na Unidade de Craqueamento Catalítico". O problema gerou a paralisação total do sistema no dia 14, quando ocorreu um vazamento de enormes proporções, liberando cerca de 140 toneladas de poluentes na atmosfera pelo rompimento do chamado Ciclone Primário do Regenerador", informa em nota.

A Petrobras informou que "ainda não foi notificada e, uma vez notificada, tomará as medidas cabíveis para recorrer da decisão".
Fonte: Folha Online

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Postos de gasolina podem ser obrigados a captar água das chuvas


O Deputado Rossi autor da proposta revela que o objetivo é evitar o desperdício.

Arquivo - Laycer Tomaz
Rossi: "A lavagem de veículos com água tratada é um exemplo de despreocupação com a escassez desse recurso natural."

Postos de gasolina e estabelecimentos de lavagem de veículos poderão ser obrigados a instalar sistema de captação de água das chuvas. A medida está prevista no Projeto de Lei 7849/10, do deputado Francisco Rossi (PMDB-SP).

Segundo a proposta, o sistema deverá ser instalado em até 180 dias após a publicação da lei. Rossi ressalta que o objetivo é evitar o desperdício.

Para ler o Projeto de Lei na íntegra, siga o link:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/815798.pdf

Fonte: Agência Câmara de Notícias