quarta-feira, 25 de maio de 2011

Desmatamento na Amazônia quintuplicou

O ritmo de desmatamento na Amazônia mais que quintuplicou no bimestre março-abril (alta de 473%), em comparação com o mesmo período de 2010. Os satélites de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais rápidos e menos precisos, registraram o corte de 593 quilômetros quadrados de florestas, extensão equivalente a mais da terça parte da cidade de São Paulo.



Faltando três meses para o fim da coleta de dados da taxa anual de desmate, os números do Inpe sugerem interrupção na tendência de queda no abate de árvores, registrada nos dois últimos anos. E foram anunciados ontem com a reação do governo: "A ordem é reduzir até julho, não queremos aumento da taxa anual do desmatamento", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.


A ministra coordenará as ações de um gabinete de crise para conter o desmatamento. "Sufocar" a ação dos desmatadores foi o verbo usado ontem por Izabella e pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A reação do governo conta com mais de 500 fiscais em campo só em Mato Grosso, Estado que registrou o maior avanço das motosserras - 80% do total.


Efeito Código

A nova onda de desmatamento na Amazônia foi adiantada pelo jornal O Estado de S. Paulo no início do mês. Técnicos da área ambiental indicavam a possibilidade de o avanço das motosserras estar relacionado à expectativa de mudança nas regras do Código Florestal pela Câmara.


Ontem, o governo optou pela cautela ao apontar as causas do aumento do abate de árvores. "Não posso informar a relação de causa e efeito agora", disse a ministra. Em mais 15 dias, ela deve receber o resultado das investigações. As áreas de maior desmatamento indicam a expansão das plantações de grãos, sobretudo soja, em Mato Grosso.


Na avaliação de Márcio Astrini, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace, o salto não pode ser explicado por fatores econômicos, como a alta de commodities como soja ou carne no mercado internacional. "O único fato novo é a promessa de anistia aos desmatadores no texto do Código Florestal que está prestes a ir a votação. O aumento do desmate ameaça as metas internacionais firmadas pelo Brasil", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)

Protesto em São Paulo contra o novo Código Florestal


Cerca de mil pessoas se reuniram na manhã deste domingo em volta do Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque Ibirapuera, em São Paulo, para protestar contra a reforma do Código Florestal, prevista para ser votada pelo Congresso nesta terça-feira. A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva esteve presente ao ato, organizado por ONGs de defesa ao meio ambiente, entre elas a SOS Mata Atlântica, o Greenpeace e a WWF Brasil.


NA SANÇÃO : Presidente Dilma pode vetar anistia a desmatador

Principais pontos do projeto do Código Florestal
Marina Silva anunciou que prepara uma carta "em legítima defesa da legislação ambiental brasileira" a ser entregue à presidente Dilma Rousseff, ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), e ao presidente da Câmara, Marco Maia. Segundo Marina, a carta será assinada por ex-ministros do Meio Ambiente, entre eles Carlos Minc, José Carlos Carvalho, Zeca Sarney, Paulo Nogueira Neto, Fernando Coutinho Jorge e Henrique Brandão Cavalcanti.

- Pedimos uma audiência com a presidente Dilma. Espero que ela nos receba para entregarmos a carta. É um documento suprapartidário que também será entregue aos presidentes do Senado e da Câmara, pedindo à presidente e ao Congresso que não permitam que os avanços da legislação ambiental brasileira dos últimos 20 anos sejam destruídos - disse Marina Silva.

" O texto é muito ruim porque amplia o desmatamento em áreas de proteção permanente e anistia todos os desmatadores ilegais até 2008
"
-------------------------------------------------------------------------------- -


O texto é muito ruim porque amplia o desmatamento em áreas de proteção permanente e anistia todos os desmatadores ilegais até 2008, além de outros dispositivos que flexibilizam a preservação. O contexto é muito ruim porque foi agravado pelas denúncias sobre o patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Um grupo acha que pode trocar a votação do novo Código Florestal pela não investigação destas denúncias. Finalmente, o pretexto é falacioso, alegando que, se as mudanças não forem feitas, o Brasil perderá a posição de grande produtor agrícola. Não é verdade. A agricultura brasileira não precisa desrespeitar a legislação ambiental e trabalhista para crescer, precisa de incentivos - completou a ex-ministra do Meio Ambiente.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/22/manifestantes-protestam-em-sp-contra-reforma-do-codigo-florestal-924511164.asp#ixzz1NMJZLuJX

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Plástico verde brasileiro usa sobra vegetal da indústria canavieira

Quase já não é possível imaginar o nosso mundo sem plástico. Até mesmo quando se trata de conservação ambiental, essa espécie de "matéria-prima da vida moderna" também possui um papel importante. Por motivos bastante óbvios: o plástico convencional provém, em sua maioria, do petróleo.

De todos os estoques mundiais do óleo bruto, cerca de 4% são destinadas à fabricação do produto. Durante o processo industrial, são liberados na atmosfera seis quilos de CO2 para cada quilograma de plástico produzido. Considerando ainda o ritmo acelerado com o qual as reservas naturais de petróleo estão se extinguindo, logo se conclui o porquê das alternativas sustentáveis ao plástico terem sido tão bem-sucedidas nos últimos anos – especialmente na indústria de embalagens.

O plástico "verde" – ou o bioplástico – é composto geralmente por plantas como a cana-de-açúcar, o trigo, o milho ou a batata, mas também por óleo vegetal. Dificilmente pode-se encontrar algum produto doméstico para o qual ainda não haja ou esteja sendo desenvolvida uma alternativa em bioplástico. As aplicações do material incluem desde estruturas para celular e talheres descartáveis até sacolas de supermercado e vasos de flores, passando por sapatos e fraldas.

Para os especialistas, esse é apenas um elemento da crescente demanda por produtos sustentáveis, causada pela explosão no mercado de alimentos orgânicos nos últimos anos. "Hoje é bem melhor ter uma imagem 'ecológica' do que uma convencional. E as empresas tiram proveito disso", analisa Norbert Voell, representante da Duales System GmbH – sociedade responsável pelo Ponto Verde, sistema de reciclagem de lixo na Alemanha. "Evidentemente, é melhor saber que os legumes orgânicos que se compra no supermercado vêm embalados de forma ecológica do que no saco plástico convencional".

Grandes negócios

A tendência despertou reação também nas empresas responsáveis pelo produto tradicional, feito de petróleo – além de um investimento multimilionário em pesquisas e métodos de produção "verdes". O grupo de gigantes globais desse ramo inclui, entre outros, a corporação agrícola estadunidense Cargill, a empresa italiana Novamont e a companhia química alemã BASF.

Materiais plásticos biodegradáveis como o poliactide, derivado de milho, já estão em uso em algumas das maiores redes de supermercados e multinacionais da indústria alimentícia, tais quais o Wal-Mart ou a Coca-Cola.

O plástico "verde" é responsável ainda por grandes negócios em solo brasileiro. No país, líder mundial na produção de açúcar, a empresa petroquímica Braskem utiliza a crescente indústria nacional de etanol canavieiro para produzir o bioplástico.

Do bagaço ao ecologicamente correto

No entanto, questionamentos foram levantados quanto à nova alternativa. Um deles discute se a sua produção não irá promover o desmatamento ou estancar as plantações de alimentos, assim como supostamente teria acontecido com o biocombustível. "Os argumentos apresentados quando se trata de bioplástico são parecidos com os relativos ao óleo de dendê", aponta Voell, se referindo ao sul da Ásia, onde enormes áreas florestais são erradicadas a cada ano para dar lugar a lucrativas lavouras de palmas.

A fim de reagir às críticas, pequenos projetos procuram sair do padrão e, ainda assim, integrar a explosão da indústria canavieira. Um deles, concebido numa parceria entre Brasil e Alemanha, no Senai Climatec de Salvador (BA), produz plástico a partir dos restos da cana-de-açúcar, que são descartados pelas fábricas de etanol da região.

Os chamados "bagaços" costumam ser queimados, resultando em grandes emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O objetivo é transformar o produto reciclado no futuro plástico convencional e, com isso, sobrepor outro grande setor econômico do país: a indústria automotiva.

Mercado ainda pequeno

O avanço comercial do plástico "verde" parece inevitável. Todavia, até o momento, a variante ecológica representa apenas um percentual menor do que 1% no mercado global de plástico. E a associação industrial Plásticos Europeus acredita que o montante não deve crescer mais do que 5 a 10% nos próximos anos.

"A questão está nos altos custos de produção, mas também no fato do bioplástico ser pior em termos de manipulação e tratamento termomecânico em comparação com o material tradicional", afirma Michael Niaounakis, especialista em polímeros do Instituto Europeu de Patentes de Haia.


Menos dióxido de carbono?

Ainda assim, os especialistas veem um verdadeiro potencial no bioplástico para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e, com isso, adiar as mudanças climáticas. O produto "verde" subjuga o convencional por demandar menos energia em sua produção e por ser livre de toxinas. Mas, a princípio, são necessários mais estudos científicos para se comprovar o quão sustentável, de fato, é o bioplástico.

"O fato de ele ser feito com matéria-prima renovável não o faz automaticamente melhor para o meio ambiente", ressalva Gerhard Kotschik da Agência Federal do Meio Ambiente na Alemanha. "É preciso considerar todo o ciclo de produção. Para, só então, dizer se o bioplástico é mais ecologicamente correto do que o feito de petróleo".

Com a reciclagem do bagaço da cana-de-açúcar, contudo, os produtores de plástico de Salvador, na Bahia, oferecem uma primeira resposta positiva. (Fonte: Jornal Deutche Welle - Europa)

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Norte de MG pode virar deserto dentro de 20 anos

Um terço do território de Minas Gerais pode virar "deserto" em 20 anos. A conclusão é de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente ao governo mineiro e concluído em março.

O desmatamento, a monocultura e a pecuária intensiva, somados a condições climáticas adversas, empobreceram o solo de 142 municípios do Estado.

Se nada for feito para reverter o processo, de acordo com o estudo, essas terras não terão mais uso econômico ou social, o que vai afetar 20% da população mineira.

Isso obrigaria 2,2 milhões de pessoas a deixar a região norte do Estado e os vales do Mucuri e do Jequitinhonha.
"A terra perde os nutrientes e fica estéril, não serve para a agricultura nem consegue sustentar a vegetação nativa", afirma Rubio de Andrade, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas, responsável pelo estudo. A região engloba cerrado, caatinga e mata atlântica.


Segundo o governo do Estado, é preciso investir R$ 1,3 bilhão nas próximas décadas para frear o processo, que já causa danos no semiárido mineiro. Lá estão 88 das 142 cidades consideradas suscetíveis à desertificação.

Vladia Oliveira, professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará, disse que áreas desertificadas são diferentes de desertos naturais porque passam por um acentuado declínio de biodiversidade até se tornarem estéreis.

"Já os desertos são ecossistemas com sustentabilidade, ainda que com baixa diversidade. Eles estão vivos."

PROGRAMA NACIONAL

O estudo foi encomendado para o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, que terá R$ 6 milhões neste ano para combater a desertificação no país.

Andrade diz que, para reduzir o fenômeno, é preciso aumentar as reservas naturais de vegetação e recuperar os recursos hídricos.

O agricultor Geraldo Moreno, 50, dono de três hectares em Espinosa (700 km de BH), já sente as mudanças em sua pequena lavoura de feijão.

"Se der para [alimentar] a família dá para comemorar", diz ele, que sustenta mulher e quatro filhos com a terra.
"Aqui não chove quase nada e não tenho dinheiro para adubar a terra. O que salva são as cabras, mas estão magras", diz o mineiro, que recebe verba do Bolsa Família para complementar a renda.

O governo pretende reduzir o espaço destinado ao gado nas áreas de caatinga e restringir atividades prejudiciais ao meio ambiente, como a extração de carvão.

"A população tem de se conscientizar de que, se essas ações não forem tomadas, nada mais poderá ser produzido", diz Andrade. (Fonte: Folha Online)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Comissão avalia preparo de brasileiros para tsunami


A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática realiza hoje audiência pública para avaliar a possibilidade de ocorrerem catástrofes naturais de grandes proporções no Brasil, a exemplo do recente tsunami no Japão, e o preparo da sociedade brasileira para enfrentar um evento dessa dimensão.

O debate foi proposto pelo presidente da comissão, deputado Bruno Araújo (PDSB-PE), e pelo deputado Silas Câmara (PSC-AM). Segundo Bruno Araújo, pelo menos três áreas do Atlântico são apontadas como eventuais focos de eventos que poderiam afetar o Brasil: o Banco de Gorringe (formação submarina ao largo de Portugal, provável epicentro do terremoto de Lisboa), as Ilhas Canárias (com pelo menos três vulcões ativos) e as Ilhas Sandwich do Sul, na região da Antártida.

“Embora a probabilidade de um evento de tais proporções seja pequena, preocupa-nos o fato de que o Brasil tenha uma parte significativa da população concentrada na costa e não possua qualquer sistema de alerta e de movimentação dessas pessoas, se um evento de tal natureza vier a ocorrer”, afirmou.

Ele disse também que o acidente na usina nuclear de Fukushima serve de alerta para o Brasil, pois as usinas nucleares brasileiras também ficam no litoral (Angra dos Reis). (Agência Câmara de Notícias).

Dilma quer pacto com governadores para prevenir tragédias


Em seu discurso na instalação da primeira sessão legislativa do Congresso, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a firmar um pacto com Estados e Municípios para prevenir tragédias provocadas por eventos naturais, como as chuvas que castigaram o País nos últimos meses. “Nenhum país está imune às tragédias naturais, mas não iremos esperar o próximo ano, as próximas chuvas, para chorar as próximas vítimas”, prometeu.

A presidente disse que já determinou aos ministros responsáveis que implantem um sistema nacional de prevenção e alerta de desastre, baseado em dados meteorológicos e geofísicos. Quanto aos moradores das áreas de riscos, garantiu que irão receber novas habitações no Programa Minha Casa, Minha Vida.(Agência Câmara de Notícias).

Comissão aprova obrigatoriedade de despesa com prevenção de desastres

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou, na quarta-feira (27), a obrigatoriedade de estabelecer despesas relativas à prevenção de desastres e a ações em casos de calamidade pública reconhecidos pelos Legislativos federal, estadual ou municipal.

A medida está prevista no Projeto de Lei Complementar 2/11, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que também obriga o gestor público responsável por esse tipo de gasto a enviar ao Legislativo um relatório detalhado sobre a execução das ações até o dia 30 de novembro de cada exercício financeiro.

Segundo a proposta, caso o gasto autorizado pelo Legislativo não seja executado e não haja qualquer justificativa para tanto, o titular do órgão público responsável estará sujeito a condenação por crime de responsabilidade. O projeto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00).

Diminuição de vítimas
O relator do projeto, Márcio Bittar (PSDB-AC), argumenta que várias regiões do País vêm enfrentando problemas por excesso de chuvas, secas cíclicas ou desastres naturais, que são muitas vezes agravados pela ação humana, como a ocupação desordenada do solo.

Segundo Bittar, o projeto de lei complementar pode contribuir para a redução no número de vítimas e dos danos materiais causados por esses eventos. Na avaliação do parlamentar, “muito pode ser feito para a prevenção, desde a formação de especialistas no assunto, até a identificação de áreas de risco, com indicação de ações e obras prioritárias, tais como remoção de moradores, contenção de encostas, barragens, poços e reservatórios de água potável”. (Diógenis Santos/Agência Câmara de Notícias).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A extrema pobreza no Brasil

Como pode um País com tantas riquezas naturais, que vive em clima de relativa paz com os outros países, um país que não sofre com terremotos como o Japão, que não sofre com as tsunamis que outros paises enfrentam, que não sofre com tornados como os Estados Unidos e ter tamanha quantidade pessoas vivendo em situação de extrema pobreza?

Bem, isso indica que muita coisa está errada... tanto na esfera pública quanto na esfera privada. E na esfera privada, se inclui não somente a responsabilidade do setor empresarial mas também a responsabilidade social de cada pessoa, pobre ou rica, culta ou inculta. Ninguém pode se eximir desta responsabilidade.


Um País em que somente nas capitais por dia, milhares de toneladas de material reciclável como vidro, papel, plástico entre outros são jogados em lixões. Um País em que os administradores públicos são tão irresponsáveis que gastam milhões de reais de nosso suado imposto para construir e enterrar dinheiro. Sim... enterrar dinheiro... pois material reciclável é dinheiro. Poderia ser transformado em renda para as pessoas trabalhando em cooperativas, pelo menos. Um País que tem em todos os Estados e municípios instituições chamadas Secretaria de Cidadania, ou Secretaria de Trabalho ou Secretaria de Cidadania e Trabalho, ou Secretaria de Bem Estar Social, e que possui também Secretarias de Meio Ambiente, que no entanto, não cumprem o seu papel direitinho.


A simples falta de uma política bem definida de gestão de resíduos sólidos revela a irresponsabilidade dos governos e também é responsável pelo agravamento da saúde pública e dos problemas ambientais em cada cidade e que se esprai para o mundo.


Veja o que diz a Agência Brasil em matéria divulgada ontem:



O Brasil tem 16,2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal.


Anunciada hoje (3), a linha estipula como extremamente pobre as famílias cuja renda per capita seja de até R$ 70. Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado em breve pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
 De acordo com a ministra do MDS, Tereza Campello, o valor definido é semelhante ao estipulado pelas Nações Unidas.

Para levantar o número de brasileiros em extrema pobreza, o IBGE levou em consideração, além do rendimento, outras condições como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e também energia elétrica. O IBGE também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.
 Dos 16,2 milhões em extrema pobreza, 4,8 milhões não tem nenhuma renda e 11,4 milhões tem rendimento per capita de R$ 1 a R$ 70. (Fonte Agência Brasil).

Regime de urgência para votação do Código Florestal


Os líderes partidários da Câmara fecharam nesta terça-feira um acordo para votar o regime de urgência para análise do novo Código Florestal.

Esse é o primeiro passo da votação, o que permite que os parlamentares apresentem emendas para modificar o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com isso, o novo texto do código só deve ser votado pelo plenário nesta quarta-feira.

A decisão foi tomada para esperar um acordo que o relator do texto costura neste momento com o Palácio do Planalto. Ontem, no início da tarde, Rebelo foi chamado para uma conversa com o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e representantes do Ministério do Meio Ambiente.


Na avaliação do governo, pelo menos três pontos do texto de Rebelo não fazem parte do acordo costurado nas últimas semanas. Um dos principais é a inclusão de uma autorização para que prefeituras e Estados autorizem desmatamentos.

"Nós vamos votar hoje o pedido de urgência. Essa é a primeira etapa da votação. Estão acontecendo conversas, negociações, o deputado Aldo está conversando com o governo. A nossa intenção é votar o regime de urgência hoje e produzir a votação do código amanhã", disse o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).

Segundo Maia, mesmo se não houver acordo entre o relator e o governo, o texto deve ser submetido a votação. "Estará na pauta amanhã, mas, não havendo acordo os instrumentos que a oposição e os partidos podem tomar podem levar a não votação. Por isso, o esforço para se chegar a um entendimento para produzir uma votação tranqüila", afirmou

Para o presidente da Câmara, adiar a votação não vai avançar nas discussões. "Nós temos acordo em 98% dos pontos do Código Florestal. Prorrogar para semana que vem, mês que vem, não vai mudar a condição da votação. Ele estando na pauta vai exigir que os partidos construam acordo para votação." (Fonte: Folha Online)

Clima mais frio em Goiás nesta semana

Com du­as blu­sas de frio, a do­més­ti­ca Lu­ci­le­ne Ma­ri­nho Pe­rei­ra, de 32 anos, se­gue pa­ra o tra­ba­lho no Jar­dim Go­i­ás, na re­gi­ão sul de Go­i­â­nia. Ela con­ta que é o pri­mei­ro dia do ano que ti­rou a rou­pa de frio do ar­má­rio. “Ves­ti mui­tos ca­sa­cos por que den­tro do ter­mi­nal de ôni­bus é mui­to frio”, fa­la. Cal­çan­do uma san­dá­lia, a do­més­ti­ca fa­la que só fal­ta­va um tê­nis pa­ra fi­car mais quen­ti­nha. “Se con­ti­nu­ar frio as­sim, vou ter que com­prar um”, brin­ca.

Lu­ci­le­ne con­ta que le­van­tou no ho­rá­rio de cos­tu­me, às 5h40. Mas, de­vi­do ao tem­po nu­bla­do e com ga­roa te­ve von­ta­de de vol­tar pa­ra a ca­ma. “Mes­mo as­sim, pre­fi­ro mui­to mais os di­as as­sim: nu­bla­do e chu­vo­so”, fa­la.

A ma­nhã de on­tem Go­i­â­nia es­ta­va co­ber­ta por ne­bli­na. E, em vá­rios pon­tos da ci­da­de uma ga­roa da­va a sen­sa­ção tér­mi­ca de mais frio. De acor­do com os ter­mô­me­tros do Ins­ti­tu­to Na­ci­o­nal de Me­te­re­o­lo­gia (In­met), às 9 ho­ras da ma­nhã de on­tem, foi re­gis­tra­do 18,2º. O Sis­te­ma de Me­te­o­ro­lo­gia e Hi­dro­lo­gia do Es­ta­do de Go­i­ás (Si­mehgo) re­gis­trou às 5 ho­ras tem­pe­ra­tu­ra de 17,3º C. Na ma­nhã de on­tem, Si­mehgo ain­da ve­ri­fi­ca­va se ou­tro dia de 2011 os ter­mô­me­tros ti­ve­ram tão bai­xos em Go­i­ás.

A che­fe da ses­são de pre­vi­são do tem­po do In­met/Go­i­ás, Mar­la Mes­qui­ta, en­tre a úl­ti­ma se­gun­da-fei­ra (2) até ho­je uma mas­sa de ar frio que es­tá so­bre a re­gi­ão Sul e Su­do­es­te do pa­ís in­flu­en­cia a que­da de tem­pe­ra­tu­ra em Go­i­ás. Mes­qui­ta ex­pli­ca que a que­da na tem­pe­ra­tu­ra é nor­mal pa­ra a atu­al es­ta­ção do ano – o ou­to­no. Nes­se pe­rí­o­do, há os­ci­la­ção da tem­pe­ra­tu­ra e da umi­da­de – no pe­rí­o­do ma­tu­ti­no mais frio e a tar­de, um tem­po mais quen­te. On­tem, se­gun­do o In­met, a umi­da­de re­la­ti­va do ar che­gou a 93%, o que ex­pli­ca a ga­roa em vá­rios pon­tos da re­gi­ão me­tro­po­li­ta­na.

A Su­pe­rin­ten­den­te de De­sen­vol­vi­men­to Ci­en­tí­fi­co e Tec­no­ló­gi­co do Si­mehgo, Ro­si­dal­va Lo­pes Paz ex­pli­ca que uma fren­te fria en­trou gra­da­ti­va­men­te pe­lo sul do Es­ta­do. “On­tem e ho­je se­rão mais vi­sí­veis es­sa mas­sa de ar frio”, fa­la. Ro­si­dal­va ex­pli­ca que até na pró­xi­ma sex­ta-fei­ra (6), o tem­po em Go­i­ás se­rá mais fres­co. A su­pe­rin­ten­den­te com­ple­men­ta que du­ran­te es­ses di­as há pos­si­bi­li­da­de de chu­vas es­pas­sas pe­lo Es­ta­do, em es­pe­ci­al na re­gi­ão cen­tro sul de Go­i­ás.

Com ape­nas uma blu­sa fi­na de frio, a re­cep­cio­nis­ta Elai­ne Al­ves Men­don­ça, 25, le­va­va o fi­lho Pau­lo Ne­to, de dois anos ao mé­di­co na ma­nhã de on­tem. Mãe e fi­lho saí­ram do se­tor Cam­pus Dou­ra­do e an­da­vam no cen­tro de Go­i­â­nia. “Foi mais di­fí­cil le­van­ta-lo por cau­sa da ma­nhã fria”, re­la­ta. Elai­ne abra­ça­da com o me­ni­no pa­ra es­quen­tá-lo con­ta que sen­tiu frio pe­la ma­nhã, mas não ima­gi­nou que se­ria tão in­ten­so. “Mes­mo com es­sa blu­sa, acho que es­tou des­pre­ve­ni­da pa­ra es­se frio”, fa­la. (Fonte: O Hoje. 04 de maio/11)