quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Degelo recorde no Ártico coloca cientistas em 'território desconhecido'


O gelo marinho do Ártico atingiu sua menor extensão do ano, estabelecendo um novo recorde de menor cobertura durante o verão (no hemisfério norte) desde que dados de satélite começaram a ser coletados, em 1979. Segundo os cientistas, grandes áreas do Ártico estão inclinadas a derreter completamente no verão.A extensão em 2012 caiu para 3,41 milhões de km² - 50% menor que a média entre 1979 e 2000.Há tempo o gelo marinho do Ártico é considerado um indicador das mudanças climáticas. Cientistas que vem analisando o surpreendente degelo acreditam que ele é parte de uma mudança fundamental."Nós estamos agora em território desconhecido", disse Mark Serreze, diretor do Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês) no Estado americano do Colorado."Ao mesmo tempo em que já sabíamos que, à medida que o planeta se aquece, mudanças serão vistas primeiro e mais pronunciadamente no Ártico, poucos entre nós estavam preparados para a rapidez com que essas mudanças iriam ocorrer."

Cobertura fina.
O recorde deste ano encerra um verão de baixa cobertura de gelo no Ártico. Em 26 de agosto, a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km², quebrando o recorde de baixa anterior, estabelecido em 18 de setembro de 2007, de 4,17 milhões de km². Em, 4 de setembro deste ano, caiu abaixo de 4 milhões de km², outro recorde nos 33 anos em que dados de satélite são coletados. "O forte declínio no final da estação mostra como a cobertura de gelo está fina", disse o cientista Walt Meier, do NSIDC. "O gelo precisa estar muito fino para continuar derretendo à medida que o sol se vai e o outono se aproxima."
Cientistas dizem que estão observando mudanças fundamentais na cobertura de gelo marinho. O Ártico costumava ser dominado por gelo de várias camadas, que sobrevivia ao longo de muitos anos.Mais recentemente, a região tem sido caracterizada por uma cobertura de gelo sazonal, e grandes áreas estão agora inclinadas a derreter completamente no verão.

Declínio dramático. A extensão do gelo marinho é definida como a área total coberta por pelo menos 15% de gelo, e varia de ano para ano, por causa de variações no clima. No entanto, a extensão de gelo tem mostrado um dramático declínio geral nos últimos 30 anos.
Um estudo de 2011 publicado na revista científica Nature usou núcleos de gelo e sedimentos lacustres para reconstruir a extensão de gelo marinho no Ártico ao longo dos últimos 1.450 anos. Os resultados sugerem que a duração e a magnitude do atual declínio pode não ter precedentes nesse período.
A cientista Julienne Stroeve, do NSIDC, está a bordo de um navio do Greenpeace em Svalbard, na Noruega, que acaba de retornar de uma expedição de pesquisa para avaliar o derretimento na região. Ela disse que o novo recorde sugere que o Ártico "talvez tenha entrado em uma nova era climática, na qual a combinação de gelo mais fino com ar e temperaturas dos oceanos mais quentes resultam em mais perda de gela a cada verão".
"A perda de gelo marinho no verão levou a um aquecimento incomum da atmosfera do Ártico, que por sua vez tem impacto nos padrões de clima no hemisfério norte, o que pode resultar em condições climáticas extremas constantes, como secas, ondas de calor e enchentes", diz Stroeve.

Consequências: O pesquisador Poul Christoffersen, da Universidade de Cambridge, disse à BBC: "Nós sabemos muito pouco sobre as consequências de reduções drásticas no gelo marinho".
"A maioria dos modelos de projeções incluem um declínio menos rápido", afirma.
Entre as possíveis consequências em grande escala da redução de gelo marinho, ele cita mudanças nos padrões de ventos e nas correntes oceânicas
Se a atual tendência de derretimento durante os meses de verão continuar, alguns apontam que, além de enormes desafios, também haverá oportunidades.
Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.
Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico - apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas. Fonte: BBC 20/9/2012

Visitantes do Zoológico de Goiânia terão regras para comida e objetos



Período eleitoral tem suas vantagens.... Finalmente, os visitantes do Parque Zoológico de Goiânia poderão ter de se adaptar a novas regras em suas visitas ao zoológico. Hoje foi anunciada uma providência que chega com muuuuitos anos de atraso. A Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA)  finalmente vai discutir e propor mudanças aos frequentadores do local. Será discutida a entrada de alimentos e objetos como celulares, apitos e outros aparelhos sonoros, inclusive brinquedos. Uma comissão formada por quatro funcionários da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) foi criada pela Prefeitura para discutir como as pessoas deverão se comportar no local para, principalmente, não causar estresse aos animais.
O grupo terá 40 dias para elaborar um relatório. A princípio, não há intenção de limitar o número de visitantes ao zoo. A principal preocupação é normatizar a entrada de alimentos. Há uma tentativa de definir que os alimentos dos tradicionais piqueniques sejam restritos a alguma área, em que não haveria bichos. Dessa forma, aqueles visitantes que entrassem com alimentos teriam de ficar nesse local até que a comida fosse consumida.
Outro problema a ser analisado pela comissão é sobre a entrada de objetos que provocam barulho ou que chamam a atenção dos animais, como apitos, buzinas e celulares. A justificativa é pela manutenção do bem-estar dos bichos.

As primeiras reuniões já se iniciaram e o procedimento será interno, ou seja, sem a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) ou do Ministério Público Estadual. “Quando estivemos lá presenciamos crianças jogando chicletes aos animais, por exemplo, mas vamos esperar a definição do trabalho, ouvir a Amma e só depois nos posicionarmos”, argumenta a coordenadora substituta de Fauna do Ibama, Cristiane Borges Miguel.
O assessor jurídico da Amma, José de Moraes, diz que a comissão vai seguir rigorosamente os critérios que eram previstos antes da reabertura do parque, formatados tanto pelo Ibama quanto pelo MP, sob a mesma justificativa de resguardas os animais confinados no parque.

Fonte: O Popular 20/9/12

O ar de Goiânia está mais poluído neste mês


Segundo informações da  Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) o ar de Goiânia está mais poluído neste mês de setembro. A constatação se deu através de levantamento feito semanalmente na capital pela Gerência de Monitoramento Ambiental do órgão, que aferiu valores sobre a quantidade de partículas em suspensão no Centro de Goiânia. Conforme a medição, setembro teve um valor recorde em comparação com os outros meses do ano.
A medição é feita pela SEMARH toda semana na Praça do Trabalhador e na Praça Cívica, locais onde estão instalados os aparelhos que realizam a amostragem de grandes volumes de partículas, utilizados de acordo com determinação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O maior valor - 180,65 microgramas de partículas sólidas por metro cúbico de ar - foi encontrado no dia 3, índice muito acima da média anual estabelecida pelo Conama, que é de 80 microgramas.
De acordo com o gerente de monitoramento ambiental da SEMARH, Armando Melo e Santos, durante o período seco os poluentes têm dificuldade de se dissipar. “A baixa umidade faz com que as partículas poluidoras se concentrem no ar. Esse tom acidentado que enxergamos no céu nesta época é essa poluição presente no ar”, destaca. As queimadas, muito comuns nesse período, contribuem para o aumento da poluição.
As partículas concentradas no ar são constituídas por poeira, fumaça e qualquer outro material líquido ou sólido suspenso na atmosfera. As fontes de emissão desses poluentes, segundo Armando Melo, são os veículos automotores, os processos industriais e as queimadas.

Fonte: O Popular 20/9/12

Mortandande de peixes no Córrego Capim Puba


Uma infinidade de peixes morreu no Córrego Capim Puba devido ao vazamento ininterrupto de esgoto. O efluente doméstico, proveniente do Setor Norte Ferroviário e de bairros vizinhos, começou a jorrar sobre as águas do manancial na terça-feira, causando forte mau cheiro na região e a mortandade de cardume.
Ontem uma equipe da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), coordenada pelo delegado Luziano Severino de Carvalho, esteve no local para constatar o problema e fazer os primeiros levantamentos.

O delegado acentuou que se trata de crime ambiental de natureza grave, causado possivelmente por falhas de engenharia. Luziano destacou que vai instaurar inquérito policial para investigar a autoria ou responsabilidade pelo problema.

Ao conversar com moradores da região, Luziano obteve a informação de que equipes da Agência Municipal de Obras (Amob) estavam fazendo intervenções no local, relativas à construção de um gabião. Uma das suspeitas, conforme o delegado, é de que a retroescavadeira usada pela equipe tenha quebrado a tubulação da rede de esgoto. Para corrigir o dano, os técnicos tiveram de fazer uma abertura alguns metros acima, causando o derramamento do esgoto diretamente na água.

O Córrego Capim Puba nasce próximo ao Lago das Rosas, no Setor Oeste, e deságua no Córrego Anicuns. Pessoas que moram perto do local onde houve o rompimento informam que há grande concentração de peixes, com predominância de tilápia. “Durante grande parte do ano muitas pessoas vêm aqui para pescar. É muito triste ver os peixes morrerem desta forma”, desabafa a dona de casa Ivone Ferreira, de 60 anos, que mora há mais de quatro décadas no mesmo imóvel, praticamente às margens do Capim Puba.

O diretor de Execução e Conservação da AMOB, Paulo Perez, descarta relação do problema com a obra executada pela agência. A AMOB, conforme diz, está fazendo uma contenção de erosão em função da proximidade do período chuvoso. A rede de esgoto, conforme o diretor, está 2 metros abaixo da superfície e cerca de 4 a 5 metros do local do vazamento. A reportagem tentou ouvir a Saneago, mas não obteve retorno às ligações.

Fonte: O Popular de 20/09/12

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Através dos meus olhos...

 
 
Este desenho mostra uma perspectiva da Natureza pelos olhos, mente e mãos do Gabriel (8 anos). Note a harmonia entre as pequenas plantas e a grande árvore, o toque dourado do sol nas bordas das nuvens, nuvens que brincam de assumir as mais diferentes formas diante dos olhos das crianças... você lembra de quando observava as nuvens mudando de formas?  Veja também a cor do horizonte, esse azul que remete nossas idéias para uma forma de convivência que ainda é possível com a Natureza, sem derrubada de árvores e sem queimadas...
 
Que nossa atual geração aprenda a cada dia a ser mais responsável com a Natureza e exercite o respeito ao direito das futuras gerações. Todas as crianças do mundo tem o direito de viver em um mundo ecologicamente saudável e somos nós, a geração atual que deve se mover para evitar que o mundo que elas receberão não seja literalmente um lixão.
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Lixo nas calçadas do Setor Bueno em Goiânia


Os pedestres que caminham por bairros nobres de Goiânia têm se surpreendido com uma questão ao mesmo tempo preocupante e desagradável. Calçadas em frente a grandes edifícios têm se transformado temporariamente em depósitos a céu aberto de lixo doméstico. Em muitas delas, os sacos com os resíduos são amontoados na próprio passeio público, causando mau cheiro e desconforto à população.

A reportagem do POPULAR percorreu ruas e avenidas de bairros nobres ontem e constatou que o problema ocorre com incidência no Setor Bueno, uma das áreas mais adensadas da capital. Muitas calçadas por onde passam, todos os dias, centenas de pessoas a caminho de escolas, do trabalho, de prédios localizados próximos e de estabelecimentos comerciais, estão repletas de sacos de lixo. Em função disso, o espaço reservado para a passagem de pedestres é extremamente reduzido. Os transeuntes são forçados, não raro, a passar pelo asfalto.

O presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Estado de Goiás (Secovi), Marcelo Baiocchi Carneiro, informa que a legislação municipal determina que o lixo produzido por moradores de prédios sejam acomodados em recipientes. Se possível, tais contêineres devem ser colocados dentro da área do imóvel, na divisa com o passeio público.

O diretor de Coleta da Companhia Municipal de Organização de Goiânia (Comurg) , Ailson Alves da Costa, informa que o disposição de lixo em calçadas por muitas horas antes da passagem dos caminhões constitui infração. O recolhimento dos sacos com resíduos domésticos, conforme diz, é feito durante o dia, à noite e durante a madrugada. (O Popular)