quinta-feira, 27 de maio de 2010

Coleta seletiva avança, mas só atinge 11% da meta


[CIDADES] Coleta seletiva chega a apenas 11% da meta, apesar de avanço
Quatro meses depois de ter sido implantada em toda a cidade, a coleta seletiva de lixo avança, consegue recolher três vezes mais resíduos do que quando começou, emprega mais pessoas na separação do material reciclável e, no entanto, ainda está longe de alcançar a meta estabelecida pela própria Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que visa recolher 30% de todos os resíduos descartados da capital.Em todo o mês de abril foram coletadas 1,1 mil toneladas de material reciclável na capital, o que corresponde a 11% da meta, que é de 10,8 mil toneladas. O montante recolhido em abril é igual ao que se recolhe diariamente por meio da coleta comum e que resulta em 36 mil toneladas de dejetos destinadas ao aterro da cidade a cada mês. Baseado neste número, a Comurg estima que 30% desse total seja reciclável e objetiva destinar essas 10,8 mil toneladas ao reuso e, assim, diminuir o depósito e aumentar a vida útil do aterro.No início, a meta para o Programa Goiânia Coleta Seletiva Porta a Porta era menos ambiciosa. A expectativa era de recolher cerca de 5 mil toneladas por mês de material descartado que pudesse ser reciclado e resultaria em um aumento da vida útil do aterro sanitário em cerca de 20%. Passados os meses, os objetivos mudaram. Em outubro do ano passado, a coleta seletiva recolhia 400 toneladas de material por mês. Só na primeira quinzena de maio foram coletadas 712 toneladas e a expectativa é que chegue a 1,4 mil toneladas até o fim do mês. Ao final do ano, a Prefeitura estima que a meta estará próxima de ser atingida.A cada mês, uma contagem feita por técnicos da Comurg aponta que aumenta em cerca de 20% a quantidade recolhida de material reciclável pelo programa de coleta seletiva. Para o presidente da Companhia de Urbanização, Luciano de Castro, a população tem compreendido a importância de fazer a coleta e tem separado mais lixo e buscado se informar sobre os horários que os veículos do programa vão passar para recolher o material separado.Para atender a toda essa demanda, 15 caminhões se revezam na coleta em diversos bairros da cidade, sendo que um é utilizado para transbordo, ou seja, quando os caminhões menores enchem, transferem toda a carga para o veículo de maior porte, que leva o material para as cooperativas. A Prefeitura afirma que todos os setores da cidade são atendidos pelo projeto, mas moradores de alguns locais reclamam que o caminhão da coleta nunca passou (veja reportagem nesta página).Depois da implementação do programa de coleta seletiva em Goiânia, algumas divergências entre as cooperativas de catadores de lixo reciclável e a Comurg chegaram a ameaçar o recolhimento do material, hoje realizado pela Prefeitura e depois encaminhado para separação.Os recursos obtidos com a separação do lixo vão para as próprias cooperativas, que ainda recebem subsídios da Prefeitura para se manterem. Por causa da alta do preço de alguns produtos recicláveis, melhorou a renda dos trabalhadores das cooperativas e outras duas entidades devem ser abertas ainda neste ano, em Goiânia, para atender toda a demanda de lixo que tem aumentado.Os problemas entre Comurg e cooperados foram resolvidos. Lixo, como papelão, que tem baixo valor de venda e representa quase 80% do total reciclável, deixou de ser descartado, está sendo separado e vendido e não vai mais para o aterro sanitário. Associados das cooperativas explicam que o município tem dado o apoio prometido, que chega a R$ 6 mil, dependendo da quantidade de trabalhadores de cada cooperativa, e serve para custear gastos como eletricidade, telefone e conta de água.
Fonte: O Popular

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