sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quanto desperdício!!!

Com o objetivo de tentar avaliar os benefícios atuais e potenciais dos materiais recicláveis, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) partiu para a quantificação do total de material potencialmente reciclável disponível no País. A partir desse dado foi possível montar a equação com os benefícios do reaproveitamento do lixo, analisando a diferença entre os custos gerados pela produção com matéria-prima virgem e os custos gerados para a produção dos mesmos bens a partir de material reciclável.

Os dados mostram que 37% de todo o material que é levado ao consumo e possui características recicláveis acabam reaparecendo misturados aos resíduos sólidos urbanos (RSU) em aterros sanitários e lixões. Esse número difere de material para material. No caso do alumínio, por exemplo, apenas 18% do consumo aparente - aquilo que é disponibilizado para consumo - são encaminhados para aterros e lixões. Isso está em linha com o fato de que mais de 60% da produção são direcionados a setores como construção, transportes e outros, cujos ciclos de vida são mais longos do que um ano, período utilizado na pesquisa.

As latinhas de alumínio também não chegam em grande quantidade aos aterros pelo fato de que, na maioria das vezes, são coletadas antes. Com o aço ocorre fato similar, já que, em termos de destinação, ele também segue para setores de ciclo longo - apenas 5% do consumo vai parar nos aterros e lixões. Assim, plásticos e papelão responderiam pelas maiores porcentagens presentes na coleta e destinação final, com 89% e 86%, respectivamente.

Entretanto, a pesquisa chama a atenção para o fato de que isso não quer dizer que os 63% restantes tenham a reciclagem como destino. Ou seja, dos 63%, parte seria sim enviada diretamente para reciclagem (por catadores independentes, coleta seletiva etc.), mas outra parte, provavelmente a maior, ainda não teria sido descartada pelos consumidores.

Veja a matéria completa em:

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/150407-ESTUDO-DO-IPEA-INDICA-QUE-37-DE-RECICLAVEIS-SAO-JOGADOS-FORA.html

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