terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Protesto por ciclovia em Goiânia

Dezenas de ciclistas integrantes do grupo Pedal Goiano realizaram anteontem de manhã, na faixa provisória que liga parques de Goiânia destinada à turma do pedal, um protesto em favor da instalação de ciclovias, em caráter definitivo, em Goiânia. O grupo se concentrou no Parque Flamboyant, de onde saiu com destino ao Jardim Botânico, passando pelos Parques Areião, Vaca Brava e Jardim Botânico. Os ciclistas já levaram a proposta de criação de ciclovias ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e aguardam pela implantação, já que tiveram uma resposta favorável do prefeito.
Coordenador do Pedal Goiano, o advogado Eduardo da Costa Silva, de 31 anos, conta que o grupo encaminhou várias propostas à Prefeitura. Uma delas é para a criação de ciclovias permanentes em canteiros centrais de grandes avenidas de Goiânia, como a T-63, no Setor Bueno, a Jamel Cecílio, no Setor Sul, e a Liberdade, no Conjunto Riviera. Eduardo conta que a ideia foi adotada, com sucesso, em cidades como Aracaju (SE) e Joinvile (SC). "O mais interessante é que, dentro dessa proposta, o poder público não teria gastos excessivos e também não tiraríamos o espaço dos carros e dos pedestres", argumenta.
Outra sugestão apresentada pelo Pedal Goiano ao prefeito Paulo Garcia e ao presidente da Agência Municipal de Trânsito (AMT), Miguel Tiago, é de que o anel interno da Praça Cívica, no Centro da cidade, seja convertido em ciclovia aos domingos. "A ciclofaixa que existe hoje aos domingos, interligando os parques, destina-se à diversão. Mas queremos também ampliar o uso da bicicleta como meio de transporte e propor uma reflexão sobre o uso do carro", explica. O abaixo-assinado entregue pelos ciclistas e simpatizantes ao prefeito continha 2,9 mil assinaturas.
Também integrante do Pedal Goiano, o coordenador de Tecnologia de Informação Luiz Guilherme Arrais, de 34 anos, já está trabalhando na elaboração de projetos destinados às empresas. "Não adianta nada termos ciclovias se as empresas não têm chuveiros e armários para incentivar seus funcionários a deixarem outros meios de transporte e optarem pela bicicleta", raciocina. Guilherme observa que o uso de bicicletas para transporte é freqüente entre trabalhadores da construção civil e acrescenta que praticamente inexistem bicicletários nas obras e em outros pontos de trabalho.
A farmacêutica Stephânia Fleury Taveira, de 28 anos, participou do passeio de ontem e disse que usa a bicicleta mais para a prática esportiva do que como meio de transporte. "Chego a usá-la para ir ao trabalho, mas depende muito do dia", conta. "Ainda não dá para adotar a bicicleta como meio de transporte por causa do trânsito, que é um grande complicador enquanto não temos espaços definidos para o uso da bike" (O Popular).

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