quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mortandande de peixes no Córrego Capim Puba


Uma infinidade de peixes morreu no Córrego Capim Puba devido ao vazamento ininterrupto de esgoto. O efluente doméstico, proveniente do Setor Norte Ferroviário e de bairros vizinhos, começou a jorrar sobre as águas do manancial na terça-feira, causando forte mau cheiro na região e a mortandade de cardume.
Ontem uma equipe da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), coordenada pelo delegado Luziano Severino de Carvalho, esteve no local para constatar o problema e fazer os primeiros levantamentos.

O delegado acentuou que se trata de crime ambiental de natureza grave, causado possivelmente por falhas de engenharia. Luziano destacou que vai instaurar inquérito policial para investigar a autoria ou responsabilidade pelo problema.

Ao conversar com moradores da região, Luziano obteve a informação de que equipes da Agência Municipal de Obras (Amob) estavam fazendo intervenções no local, relativas à construção de um gabião. Uma das suspeitas, conforme o delegado, é de que a retroescavadeira usada pela equipe tenha quebrado a tubulação da rede de esgoto. Para corrigir o dano, os técnicos tiveram de fazer uma abertura alguns metros acima, causando o derramamento do esgoto diretamente na água.

O Córrego Capim Puba nasce próximo ao Lago das Rosas, no Setor Oeste, e deságua no Córrego Anicuns. Pessoas que moram perto do local onde houve o rompimento informam que há grande concentração de peixes, com predominância de tilápia. “Durante grande parte do ano muitas pessoas vêm aqui para pescar. É muito triste ver os peixes morrerem desta forma”, desabafa a dona de casa Ivone Ferreira, de 60 anos, que mora há mais de quatro décadas no mesmo imóvel, praticamente às margens do Capim Puba.

O diretor de Execução e Conservação da AMOB, Paulo Perez, descarta relação do problema com a obra executada pela agência. A AMOB, conforme diz, está fazendo uma contenção de erosão em função da proximidade do período chuvoso. A rede de esgoto, conforme o diretor, está 2 metros abaixo da superfície e cerca de 4 a 5 metros do local do vazamento. A reportagem tentou ouvir a Saneago, mas não obteve retorno às ligações.

Fonte: O Popular de 20/09/12

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